Inês Mota nasceu no Porto, é cenógrafa e interessa-se por marionetas, desenho de luz, ilustração e cinema de animação. Como criadora, tem afinidade pela abstracção e minimalismo que a levaram a questionar-se sobre imaterialidade e cenografia durante o seu mestrado na ENSATT em Lyon, enquanto bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. É membro da La Chloka, atelier que partilha com três figurinistas e onde desenvolve projectos de marionetas, maquetes de cenografia, adereços e máscaras.
Profissionalmente, foi assistente de cenografia de Alwyne de Dardel em “Depuis que je suis né” e “La force qui ravage tout” de David Lescot, “Les Précieuses Ridicules” de Stéphane Varupenne e Sébastien Pouderoux, e “Le Consentement” de Sébastien Davis. Assistiu também a cenógrafa Marta Silva no Festival Indie Jr. 2019 e em “La Donna di Genio Volubile” de António Durães. Como criadora, colaborou com Vanessa Amaral (“Pratique de la Ceinture” 2023), La Jeune Troupe du Théâtre des Îlets II (“Manitoba” 2022), Claire Boust (“Je reste roi de mes douleurs” 2021), Funâmbula_Grupo Criativo (“Exímia Sociedade” 2018), Público Reservado (“Estava em casa e esperava que a chuva viesse” 2018).
Antes de se mudar para Lyon, licenciou-se em cenografia pela ESMAE no Porto e realizou um ano de estágio técnico no Departamento de Adereços e Cenários. Ao longo do seu percurso, passou ainda por Bréscia, Itália, onde frequentou a Libera Accademia di Belle Arti, e por Leeds, Reino Unido, onde colaborou com a Red Ladder Theatre Company como estagiária durante seis meses. Desse período, destaca a assistência de cenografia na produção “The Shed Crew”, baseada no livro de Bernard Hare.
No futuro, tenciona desenvolver o seu trabalho tanto em Portugal como em França, abordar os temas que a entusiasmam e continuar a explorar o mundo das marionetas e da cenografia.